terça-feira, 10 de maio de 2011

Samba do DialogAção! (Nesse sábado)



Com a proposta de trazer o Samba como a linguagem de debate da cultura popular e através dele, mostrar a realidade e a riqueza cultural da poesia popular, que transversalmente pela música, conta o sofrimento, luta e a força de toda uma nação, o Coletivo Dialogação traz mais uma edição do Samba na Republica Maloca Molotov, em que abre o espaço aos artistas do samba local, a mostrar seus trabalhos, caminhando mais um passo a frente, na tentativa de trazer ao chão do terreiro um dos seus maiores filhos...  E dar voz a esses artistas para que mostrem todo seu potencial e talento que “às vezes” é esquecido... Convidamos todos a festejar e dançar, neste Sábado a partir das 15:00 horas, na Maloca Molotov.

Para abrir a Chamada da festa uma prosa poética escrita pelo nosso prodígio Poeta-engenheiro Ricardo Abdala:


Samba do Madruga

     Há gente que entende que existam razões demais para se contemplar aquilo que um dia, no alto de um morro, em algum lugar de um passado distante, se manifestou como a voz uníssona de uma nação. Talvez, por isso hoje, quando você sambalança, sambalança o seu coração também! Embora laudativo a um momento crítico em que precisávamos inventar um representante legítimo da identidade nacional, não se trata apenas de mais uma das invenções midiáticas sobre assuntos pertinentes aos sentimentos de nossa alma tupiniquim. Trata-se do acesso para que muito de nós, por meio de festividades assim, possa sentir o samba pelas mãos, cabeça, os pés, ouvidos e principalmente, pelo coração.
     Seja do morro, terreiro, de escolas, sincopado, de breque, ou de gafieira, existe algo de samba em nós que supera as barreiras do passado e presente. Existe o que há em nós que clama por trajarmos a tristeza em alegria. Há hoje, na atual cena da cultura uberlandense, motivos para referenciarmos aqueles que fizeram do mundo um lugar para unirmos todos os sentimentos que mais nos separaram. Um espaço para que a emoção sobreviva entre o fluir das alas que deixa o samba entrar e ficar.

Por Ricardo Abdala.

Um comentário:

John disse...

Senhorzinho Abdala destilou....

Vamo que vamo... que é Samba!